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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

SÉRIE: 10 Passos Para Mudar Um país - PLANEJAMENTO URBANO E HABITAÇÃO

Para quem já acompanhou a primeira página desta série, sobre Segurança Pública, este é o segundo passo para mudar um país. Aqui vou falar sobre um dos maiores problemas brasileiros hoje, o planejamento urbano e habitação. Principalmente nos grandes núcleos o surgimento de novas favelas e comunidades carentes, sem acesso aos recursos básicos como água encanada, rede de esgoto, luz, etc. Isso também tem ligação direta com a violência urbana, pois a comunidade fica menos imune aos atos de violência, tráfico de entorpecentes, prostituição infantil e muitos outros problemas. Eliminando o problema de habitação eliminaria mais uma grande barreira para um país desenvolvido. Vamos ao que interessa:




  • Planejamento Urbano e Habitação

  1. Vou colocar como exemplo uma favela aleatória de São Paulo, a favela Vila Nova Jaguaré. Uma favela a poucos metros da USP e nas margens do rio Pinheiros na zona oeste de SP. Onde vivem cerca de 6 mil famílias, ou 17 mil habitantes e possui mais de 163 mil km²
  2. Consultei um engenheiro para esse levantamento e levando em consideração o custo médio para a construção de um edifício com 12 andares e 4 apartamentos por andar, que é de R$ 2 milhões. Precisaria de 150 destes edifícios para suprir a demanda desta favela. O edifício teria apartamentos de 40m² e um total de 160m² para todo o edifício. Para a Construção destes 150 edifícios seria ocupado uma área de 25 mil km², cerca de 15% to tamanho total da favela. 
  3. Notem quanto espaço sobra na área da atual favela, utilizando das mesmas ruas que existem hoje, sobrariam espaços para áreas verdes, praças, instalações para escolas, posto de saúde, creche, uma infinidade de coisas. Um posto policial serial essencial para a segurança dos condomínios. Além de mais organizado, seria muito mais acessível  e seguro para todos os cidadãos melhorando a qualidade de vida. Em cinza a área ocupada por cada prédio, em verde áreas verdes ou futuras instalações.  
  4. Os 150 edifícios residenciais sairiam em torno de R$300 milhões, não faz nem cócegas se comparado a economia de SP. E seriam moradia para 7,200 mil famílias, ou 36 mil habitantes. No Brasil existem mais de 2,2 milhões de famílias ( 11 milhões de pessoas ) que vivem em lugares como estes, 6% da população nacional. Para acabar com esse número se comparado a este projeto precisariam algo em torno de 5 mil edifícios deste tipo. R$ 10 bilhões seria o custo médio para esta obra de proporções nacionais, não é quase nada comparado aos mais de R$ 30 bilhões que o Brasil gastou nas obras da COPA. Se dividido entre todos os estados ficaria R$ 370 milhões de investimento por estado. Óbvio, os valores são diretos, sem desvios, sem corrupção, sem super faturamento. 
Uma obra de grandes proporções e um custo menor que o da COPA, gerariam milhares de empregos diretos e indiretos, melhoraria consideravelmente a qualidade de vida destes 11 milhões de habitantes pelo país, a segurança seria elevada também pois seriam lugares mais acessíveis e melhores patrulhados pela polícia. Para ressarcir este custo, um valor, uma taxa única de 83 por cada pessoa seria o suficiente para retornar os 10 bilhões gastos pelo governo. Vamos supor, uma família de 5 pessoas sairiam algo em torno de R$ 400,00 que poderia ser divido para não pesar no bolso do cidadão. Nesta etapa o Brasil já ganharia muitos números no IDH ( Índice de Desenvolvimento Humano ).

Mas não seria só isto, para reformar um país é preciso também melhorar seus sistemas de saúde e de educação entre outros, e este é o assunto da próxima página desta série. SAÚDE PÚBLICA.
Obrigado pela visita!
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